segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Um Dia, de David Nicholls

Livros modinha. Ou fico desesperada para lê-los e entender porque raios sempre vejo alguém com o nariz enfiado em um exemplar da moda onde quer que eu vá (Crepúsculo e A batalha do Apocalipse, por exemplo), ou então risco o bendito da minha lista de leituras por pura antipatia. Os que caem na categoria 'antipatia' geralmente são aqueles livros que todo mundo diz que 'é lindo', e que 'chorou muito', tipo o que acontece com as histórias do Nicholas Sparks (Um Amor pra Recordar, Querido John). Me frustro com esse tipo de romance perfeito em que geralmente alguém morre no final, porque são histórias com as quais não consigo me conectar,  me identificar com os personagens e sentir a dor deles, acho o romance forçado, meloso e idealizado demais. A princípio, quase coloquei Um Dia  na categoria antipatia. Não sei se cheguei a ler alguma resenha a respeito dele antes de lê-lo, mas vi comentários considerando-o 'lindo demais', o que me fez torcer o nariz e pensar na minha frustrante falta de sensibilidade em relação aos livros do Sr. Sparks, mas por outro lado, o fato de ter sido escrito por um britânico me fez pensar que poderia ter um quê de 'Nick Hornby' (Alta Fidelidade)(e que sorte, tem). Além disso, a capa não tinha nada a ver com um romance meloso. E de fato, o livro não é.
Emma Morley  e Dexter Mayhew se conhecem no dia de suas formaturas, em 15 de julho de 1988. Eles passam a noite 'mais ou menos' juntos e se tornam amigos. A partir daí, o livro mostra como estão Dex e Em, Em e Dex  nos próximos 20 anos, sempre no mesmo dia, 15 de julho. Simples assim.
Emma é a nerd ativista e engajada, insegura e cheia de sonhos, que quer ser escritora e parece sofrer da síndrome do patinho feio, enquanto Dexter é o 'bonitão' galinha, boa praça, popular e rico, que quer continuar rico mas não sabe o que fazer da vida. Clichê, não? Mas quem não é? Ambos terminam a faculdade meio perdidos, sem saber muito bem que direção tomar agora que são realmente adultos, os  sonhos e planos não ocorrem como o planejado ou simplesmente fracassam, pedras surgem no caminho, assim como pessoas e oportunidades, e sucumbir às fraquezas as vezes é inevitável. O mais legal em Emma e Dexter é o quanto eles são reais e familiares, humanos cheio de falhas e  qualidades. Você já deve ter lido montes de resenhas por aí dizendo algo parecido, mas é verdade, o que torna o livro tão bom e 'lindo' são esses personagens, que poderiam ser alguém da nossa família, um amigo ou nós mesmos. Os dramas vividos por eles ao longo desses 20 anos são muito verdadeiros, e os acontecimentos de cada dia 15 de julho são mostrados de forma coerente e clara 

Em e Dex. Dex e Em. Todas ama! <3

Um dia tem romance e momentos super engraçados e fofos. Por mais que Emma e Dexter se amem como homem e mulher, eles se amam primeiro como amigos, o que torna a relação entre eles divertida e sem toda aquela melação insuportável. Mas a vida não eh doce e colorida o tempo todo pra ninguém, nem mesmo para o Willy Wonka, e acho que é por isso que achei o livro tão triste. Dexter é imaturo e suas atitudes o levam ao fundo do poço, enquanto Emma permanece boa parte do livro vendo seus planos darem errado e vivendo  uma vida monótona e frustrada, com um objetivo em mente mas sem saber como chegar até ele. É muito fácil se apegar aos dois, a gente vive a historia junto dos personagens e torce para que eles sejam felizes,  principalmente a Emma (no meu caso), com quem me identifiquei HORRORES. As cartas que ela escrevia para o Dex pareciam ser minhas!(enormes e cheias de piadinhas além do aceitável) 

O que acontece perto do final pega qualquer um de surpresa e choca. Mas a vida eh assim, não é? Assisti o filme primeiro e já sabia o que me esperava quando comecei a ler o livro. Mas me apeguei tanto, mas tanto a Dex e Em, que chorei até terminar a leitura, sentindo como se uma amiga tivesse morrido de verdade, e ao mesmo tempo maravilhada por estar lendo algo que me comoveu de forma tão genuína. Estar com a versão dessa musica (Naya Rivera, sua linda!) na cabeça só piorou a situação, é claro... 

Terminei de ler Um Dia há alguns dias atrás e ainda não tinha me desligado emocionalmente da historia o suficiente para não escrever uma resenha extremamente dramática, chorosa e exagerada. É difícil tirar Dexter e Emma da cabeça por algum tempo, é difícil não se identificar com os dois em nenhum momento, e é difícil não refletir sobre a própria vida, sobre o que estamos fazendo dela. O filme é ótimo, super fiel ao livro e foi o empurrão definitivo para que eu começasse a lê-lo. Anne Hathaway interpreta Emma (o que só fez com que eu gostasse mais ainda da personagem, já que Anne é uma das minhas atrizes preferidas) e Jim Sturgess     encarna o Dexter. Aliás, tenho a impressão de que a escalação do Jim teve um papel importante para que eu gostasse do Dexter como acabei gostando...



Se ainda existe alguém que não leu  Um Dia, leia! É um livro fofo, engraçado, triste, e acima de tudo, REAL.   Posso estar exagerando, já que ainda estou naquela fase pós leitura, em que fico louca e praticamente obrigo quem eu ver pela frente a ler o que acabei de ler. Mas é como alguém que eu não me lembro comentou sobre este livro, dizendo que não sabe como expressar o quanto gostou dele. Eu também não sei como. Só sei que me diverti e me emocionei pra caramba com essa história, e cada minuto que passei lendo estas páginas valeram muito a pena. Não sei me expressar muito mais que isso, porque sério, faltam palavras pra explicar o quanto gostei. Mais do que nunca, sinto que PRECISO escrever um livro! Quase como se a minha vida dependesse disso. Achou exagerado? Pois bem, gostei tanto a ponto de exagerar assim =)



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6 comentários:

  1. Eu tô lendo o livro, mas ainda estou no comecinho... A verdade é que eu não sei se continuo =( Acabei com meu namorado há pouco tempo, será que vou ficar mais triste ainda lendo ou será um remédio como é 500 dias com ela?

    bjooos!

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  2. hmmm eu também tenho paniquete desses livros de romance, não li nada de Nicholas Sparks. Se eu não tivesse uma lista enorme para seguir, seguia sua indicação haha, quem sabe um dia.
    Agora posso comentar aqui, tentei outro dia e não consegui..
    Marina

    Err, fiz um blog também.

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  3. Olá, percebi que me segue no blog. Gostaria de agradecer. E lhe avisar também que mudei o endereço dele, agora é www.alicinacoes.blogspot.com e não mais hojeeusoualice.

    E você está certa sobre esse livro, é muito gostoso de ler.

    Passarei sempre por aqui!

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  4. Eu vi o filme antes... sei que não estraga, todo mundo anda dizendo isso, mas não tenho pique pra ler não viu.
    Sou preconceituosa com dois tipos: Os que estão na moda e os que são coleções gigantes! Tipo Gossip Girl sabe? Aliás foi o único que li e não tento mais.

    Sobre vontade de escrever um livro, eu estou! Hahaha, te dou a maior força viu?
    Se precisar de alguém para ler e CRITICAR (eu só sei criticar :(() estamos aí.

    Beijo!

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  5. Eu quero ler esse livro! Mas tenho medo dessas coisas de ficar chorosa e com sentimento de fracasso ao ler histórias de amor bonitinhas, enquanto as minhas são uma bosta!
    Eu vi o trailer no cinema e gostei, mas não vi em cartaz, devo ter perdido os dias.

    Beijo!

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  6. Parece ser legal mesmo. Eu gosto de coisas mais puxadas pro real, pq eu não tenho muita paciência pra romance melosinho (eu DETESTO chick lit, por exemplo) e babadinhos de guriazinha xD
    Mas um filme que eu achei que era babaca e gostei muito é IRONIAS DO AMOR. Se não viu, dá uma olhadinha. É com a Elisha Cuthbert. Passou na tv um dia e eu vi por ver, mas é muito legal. "Só sei que mesmo quando o destino precisa se cumprir, ele não pode fazer isso sozinho. Construa a ponte até a pessoa que você ama."
    :*

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